Nossa visão para o futuro da Liora
Queremos que a Liora desenvolva seu potencial ao máximo.
Liora estuda em uma escola inclusiva e pretendemos que seja assim até o final do ensino médio.
Liora faz terapias mas também tem tempo para ser criança. Ela vai a escola de manhã e faz as terapias a tarde, 3 vezes na semana. Não queremos que passe a maior parte de sua vida indo de consultório para consultório para diferentes terapias.
Temos lido muito sobre inclusão e comunicação alternativa, já que são duas áreas que teremos que trabalhar duro para que ela tenha um futuro brilhante.
Liora estuda em uma escola inclusiva e pretendemos que seja assim até o final do ensino médio.
Liora faz terapias mas também tem tempo para ser criança. Ela vai a escola de manhã e faz as terapias a tarde, 3 vezes na semana. Não queremos que passe a maior parte de sua vida indo de consultório para consultório para diferentes terapias.
Temos lido muito sobre inclusão e comunicação alternativa, já que são duas áreas que teremos que trabalhar duro para que ela tenha um futuro brilhante.
Inclusão
Este vídeo acima é sobre uma campanha criada por jovens americanos para promover a inclusão social. O catalisador desta campanha é um pai de um menino com paralisia cerebral que resolveu fazer um documentário sobre seu filho deficiente e como ele era incluído em sua escola. Including Samuel é uma ferramenta poderosa na luta pela inclusão social de deficientes. Não deixem de entrar no site deles. O endereço da página está na página de links.
Vou citar aqui alguns emails recebidos na lista de emails americana. Estes emails foram escritos pela Erin Sheldon, mãe da Maggie Hickey. Erin é uma ativista da inclusão em todos os níveis e tenho aprendido muito com ela. Seus emails sobre inclusão se tornaram meus guias para lutar por um futuro mais digno para Liora e para outras crianças deficientes. Thanks Erin, for letting me share your wise words about inclusion on our website! You rock!
" Para nós, inclusão na escola não foi uma questão de alocação. Nos perguntamos: que tipo de vida queremos para Maggie quando adulta?O que ela precisa para se desenvolver como pessoa? Como ela pode melhor explorar seus interesses pessoais, encontrar pessoas que tenham interesses em comum com ela e desenvolver estes interesses em hobbies e paixões duradouras e quem sabe até trabalho remunerado? Nós concluimos que, baseado na realidade de adultos com deficiências de desenvolvimento significantes, Maggie corria grande risco de se tornar socialmente isolada, aprenderia a ser mais independente mas não aprenderia nada acadêmico e seria restringida de aprender matérias acadêmicas através de seu interesse pessoal, e acabaria um adulto sob cuidados de pessoas pagas para estar com ela. Nós realmente não queremos que esse seja o futuro dela. Nós queremos que ela tenha uma vida adulta com amigos, paixões, interesses e trabalho. Para nós, ao nos perguntarmos o melhor caminho para alcançarmos esses objetivos, não conseguíamos ver como um ambiente segregado poderia ensiná-la isto. Na época, tínhamos acabado de nos mudar para o Canadá e víamos como muitas famílias começaram em ambientes segregados e nunca mais conseguiram sair. Escolhemos começar como queríamos chegar até o fim. Nunca olhamos para trás.
Para nós, o foco tem sido criar uma comunidade receptiva em sua escola. Se uma escola, tem uma comunidade acolhedora, inclusiva e receptiva que honra as diferenças, então ela descobre como fazer inclusão. Se uma escola é cautelosa com a diversidade em qualquer nível, então terá dificuldades para criar um ambiente inclusivo. Salas de aula inclusivas não são uma panacéia para amizades. Crianças podem ser segregadas numa sala de aula típica tão facilmente quanto numa sala de aula para educação especial. Mas se uma escola enfatiza a inclusão então eles tendem a enfatizar os valores e o caráter que proporciona suporte, previne o bullying e dá espaço para as crianças brilharem individualmente. Então na escola da Mag eu não advogo na educação especial, mas sim na educação tradicional. Eu não trabalho em programas segregados, eu trabalho quebrando barreiras para permitir às crianças de se juntarem em qualquer programa. Tem sido um dos trabalhos mais excitantes que eu já fiz.
Não tem sido fácil, mas educação especial também não é. Nós tivermos que brigar com a escola em diferentes assuntos. Nossas lutas tem sido em torno de assuntos como super proteção. A unica profissional no time da Mag com quem não temos uma parceria é a professora de educação especial. As professoras de educação especial tem consistentemente falhado em ver nossa visão de futuro para Maggie e como elas podem ajudar-nos a alcançar nossos objetivos. Nós tivemos 4 professoras de educação especial em 4 anos e só uma se animou com nossas idéias e com a Maggie. Em contrapartida, nós tivemos 3 professoras da educação regular nos últimos 4 anos e cada uma deu mais suporte e se entusiasmou mais do que a anterior. Nós temos muita sorte de morar num lugar onde a escola assume que a integração é melhor e que tem expectativas acadêmicas para TODOS os alunos. Então não tivemos que lutar por inclusão. Nós tivemos, no entanto, que lutar para aumentar a expectativa, diminuir lutas de poder sobre as coisas que achávamos desnecessárias, e expor todas as formas que os adultos toliam a Maggie enquanto achavam que estavam ajudando. (...) Se uma escola não sabe incluir devidamente, tenho minhas dúvidas de que eles saibam educar devidamente. Inclusão é sobre a idéia de que cada pessoa aprende diferente e que nós precisamos criar oportunidades para cada um acessar o conhecimento de formas diferentes, em diferentes níveis, no entanto da forma mais significativa. Se uma escola não sabe ensinar uma criança com necessidades especiais me pergunto se eles sabem ensinar qualquer criança. Crianças típicas não tem a mesma forma, como biscoitos com o mesmo desenho. Todos aprendem de formas diferentes e professores eficientes podem acessá-los de maneiras diferenciadas. A melhor educação acontece entre crianças, facilitada pelos adultos, não em uma linha direta entre professor e aluno."
Em outro email:
"(...) Tudo que recebemos com a escola inclusiva da Maggie foi batalhado por outras famílias que se recusaram a aceitar a segregação. Uma família local, com um filho da minha idade, só conseguiu inclui-lo por 6 meses de toda a sua vida escolar. Eles lutaram contra as escolas e foram para os tribunais. Uma família montou uma mesa na frente da escola e ensinou sua filha ali mesmo já que ela não era permitida dentro da escola. (...) Eles nem sempre colheram os frutos de seu trabalho duro. Mas eu sim. Toda vez que a Maggie entra na sua sala, nós colhemos os frutos do trabalho duro de outra pessoa.Para nós, não trocaríamos nossa experiência com inclusão por qualquer terapia ou equipamento no mundo. Todo ano tem sido melhor que o anterior. Tenho passado bastante tempo me educando pois nossa batalha não foi para a educação infantil, mas vai ser para incluir a Maggie quando ficar mais velha. No ginásio e ensino médio será quando teremos que lutar.Existe um maravilhoso movimento de famílias e ativistas e aliados, todos lutando por inclusão. Meus sonhos para a Maggie são de que ela tenha a vida mais simples possível: escola, amigos, trabalho, amor, família e muito tempo para atividades que ela adora fazer com pessoas que ela adora estar junto. Para crianças como as nossas, vidas ordinárias são extraordinárias. Nossas crianças ilustram muito bem como coisas ordinárias podem ser extraordinárias.
Se você tiver que lutar por inclusão, vai ser difícil. É muito mais fácil melhora-la do que começa-la do zero enfrentando resistências. Mas eu realmente acredito que é um trabalho de D's insistir que nossas crianças tem o direito a vida mais comum possível. Eu nem consigo descrever o quanto Maggie faz por seus colegas de classe e o quanto eles fazem por ela.
Não deixe que qualquer pessoa lhe diga não!"
Mais um email. É o mais longo, mas também o mais poderoso. Esta foi a resposta da Erin a uma mãe que começou a considerar o comprometimento da inclusão 100% de seu filho para satisfazer a escola e ter uma saída mais fácil para toda a luta que é incluir uma criança com deficiência intelectual severa. Não deixe de ler!
"Eu daria um passo atrás por um minuto. Primeiro NUNCA use a palavra "apropriado" quando discutir inclusão para seu filho. Apropriado é uma palavra muito subjetiva. Minha mãe achou apropriado, quando trouxe meu atual marido para conhece-la pela primeira vez, trazer meu álbum do primeiro casamento e contar histórias do meu ex-marido. Uma menina do 4º ano do ensino fundamental achou apropriado ir para a escola de shortinho curto, salto-alto e batom. Uma facilitadora substituta achou apropriado falar "da fralda cheia de coco e nojenta" da Maggie na frente dos colegas de classe. Stacy (mãe de 3 crianças com síndrome de Angelman) pode te apresentar para uma escola inteira que acha inapropriado que crianças como as nossas sejam incluídas na educação infantil! Nossa escola acha apropriado que alunos sejam incluídos até o ginásio e que depois fica muito acadêmico. Maggie vai enfrentar resistência aqui também! Sua idéia de apropriado não é a mesma dos outros (mas provavelmente é a mesma que a minha, se isso te conforta!!)
Honestamente, eu não comprometeria inclusão 100% neste momento, em que voce está planejando os estágios para seu filho. Eu diria que você quer ele totalmente incluído exceto nas horas em que ficar claro que um ambiente mais restrito é apropriado. Use a palavra "restrito" para qualquer coisa que remova seu filho da companhia dos colegas de classe. (...)
Não deixe a escola te convencer que inclusão no primeiro ano do ensino fundamental é como física quântica. Você quer ele incluído PRECISAMENTE porque o ambiente é mais acadêmico.Incontáveis pesquisas provam que crianças como as nossas vão aprender habilidades acadêmicas melhor num ambiente acadêmico. Eles vão aprender habilidades de comunicação melhor numa sala de aula onde todas as crianças são comunicadores fluentes. Eles vão aprender habilidades sociais melhor numa sala de aula onde todas as outras crianças também estão aprendendo habilidades sociais. Peça a professora de educação especial que lhe mostre evidências ou pesquisas que comprovem que crianças aprendem QUALQUER uma dessas coisas melhor numa sala de aula segregada. Estas evidências não existem. Segregação existe porque é mais fácil, mais bonito, mais arrumadinho e mais conveniente... PARA OS PROFESSORES, FACILITADORES E ADMINISTRADORES. Não para as crianças.
O ambiente mais apropriado para seu filho é aquele que vai desafia-lo a desenvolver-se em todo o seu potencial. (...) Seu filho é parte essencial da educação dos colegas da sua idade. Ele vai ensina-los tantas coisas! Ele vai ser a oportunidade para que eles abram suas cabeças, seus corações, aprendam à ajudar ao próximo, e aprendam a serem ajudados por ele em troca. Qualquer escola que se negue a receber alunos, que não é fluente ou tenha habilidade de viver numa comunidade inclusiva, FALHARAM em sua missão educacional. Sem crianças como as nossas nas salas de aula, muitos alunos caíram pelas rachaduras e serão adultos sem compaixão e de mentes pequenas. Estou falando sério. A escola que aprende a incluir seu filho será uma escola com menos bullying, menos problemas e mais apreciação por TODAS as formas de diversidade na sociedade. Se seu filho não é bom-vindo na sala de aula, então garotas usando véu muçulmano, meninos que não falam inglês ainda, crianças das famílias menos afortunadas e crianças com pais do mesmo sexo também não serão bem-vindos. Seu filho é parte essencial do currículo. Então vamos ensinar as crianças como serem inclusivos ao invés de ensina-los a segregação.
(...)
Não subestime o que seu filho tem para oferecer. Seu filho é representante de uma parte da nossa diversa sociedade e seus colegas de classe vão se beneficiar muito aprendendo ao seu lado. Ele é um cidadão e precisa ser um cidadão na comunidade de sua sala de aula... não um turista que vem para as atividades legais e para a brincadeira. Eu trabalho na escola da Mag e vejo GRANDE diferença entre as crianças que são parcialmente incluídas e as que estão totalmente incluídas, em termos de como as outras crianças se relacionam com elas. Somos todos simpáticos com os turistas e visitantes que conhecemos por aí, mas não os convidamos para jantar em nossas casas ou para um encontro. Reservamos isso para os amigos.
Incluindo seu filho não estará fazendo-lhe um favor. (...) As estratégias de ensino que o ajudarão a ser bem-sucedido são simplesmente bom ensino. Se a professora não está familiarizada com instrução diferenciada então ela não é tão boa professora quanto deveria ser. Todas as adaptações feitas para ensinar a Mag beneficiaram toda a turma dela. Quanto mais a professora se esforça para que as lições sejam relevantes para a Maggie, mais elas são relevantes para todos os alunos. Se a Maggie faz redações usando fotos em sequência, abre o caminho para que outros alunos usem estratégias visuais que os ajudem a fazer suas redações terem mais sentido e serem mais motivantes. se a Maggie pode fazr exercícios de matemática no seu IPad, ou com blocos, ou com adesivos, então abre caminho para que outras crianças aprendam matemática de formas mais criativas. Se a Maggie pode mostrar sua interpretação de estórias através de pinturas e colagens, então abre o caminho para que outras crianças expressem o que aprenderam de várias formas. Isto é apenas BOM ENSINO. Instrução diferenciada ajuda a mirar no que a lição realmente está ensinando e a separar isto das outras habilidades necessárias para que o trabalho seja feito. Seu filho não será o único aluno que não saberá redigir uma frase no primeiro ano. Se a professora pode aprender a ensina-lo o CONCEITO de uma frase, ela encontrará formas de ajudar outras crianças a entenderem o mesmo conceito também.
E daí se seu filho precisa de ajuda para se trocar ou se alimentar? (...) Nós aprendemos a por experiência a nem criar objetivos de habilidades de independência para a escola. Estas habilidades são parte da rotina da Maggie e estamos muito felizes por vermos que ela continua se tornando cada vez mais independente, mas não são pré-requisitos para ser incluída na escola normal com sucesso. Ele não precisa aprender isto na escola. Você teve um programa escolar para ensinar sua outra filha a ser mais independente ou isso se desenvolveu naturalmente dada a oportunidade a ela ? O mesmo acontecerá com seu filho.
Análise rapidamente. Eu realmente acredito que a Maggie contribui mais para sua turma do que atrapalha. Eu vejo isto pessoalmente, e todos os dias. Seu filho fará o mesmo. De um passo atrás e observe o dia a dia da escola desta forma:
-Como começa a escola? Onde as crianças se juntam? Como elas entram para a sala? Que assistência seu filho precisa para entrar como os outros? Quem pode ajuda-lo? Maggie não está podendo caminhar agora e tem ficado na cadeira de rodas o tempo todo. As crianças empurram ela, um adulto só ajuda se não houver uma criança disponível. Eu precisei de uma autorização por escrito da fisioterapeuta de que era seguro que as crianças a empurrassem, mas também é resultado da insistência de seus amigos de que Maggie está segura com eles e que eles vão cuidar dela.
-Como começa o dia dentro da sala de aula? O que os alunos fazem primeiro? Sentam-se para uma lição ou se juntam numa rodinha para contar as novidades? Que assistência seu filho precisa para fazer o mesmo que os outros? Que suporte ele precisa para permanecer concentrado na atividade? Ele precisa de suporte sensorial para ajudá-lo a se manter calmo na roda? Ele é um aprendiz experimental que precisa de elementos palpáveis em seu colo para mexer enquanto os colegas discutem algum tópico? Maggie certamente é. Eu posso garantir que seu filho não é o único aprendiz experimental na sala de aula! Não diga que ele precisa tocar as coisas para explorá-las porque tem necessidades especiais... diga que ele é um aprendiz experimental. Ele é um aprendiz tátil. Maggie é uma aprendiz ouvinte. Maggie é uma aprendiz sinestésica, ela aprende com movimento. Ela não tem necessidade especial, ela é uma aprendiz. Você vê a diferença?
-Veja cada etapa do dia desta forma. Você vai ficar impressionada ao ver o quanto de suporte que ele precisa que não pode ser dado por seus próprios colegas de classe e o quanto ele poderá ajudá-los em troca. Ele não será o único aluno que precisará se movimentar pela sala para aprender! Isso é natural para qualquer menino de 6 anos de idade. Outros alunos vão ser gratos pela oportunidade de ir com seu filho praticar o andar nas aulas de educação física. Haverá tarefas como buscar ou deixar alguma coisa na secretária, levar material para reciclagem e coisas deste tipo que precisam ser feitas e são grandes as chances de que uma criança fará estas tarefas. Seu filho deveria acompanhar cada criança que vá em cada uma destas tarefas se for uma forma apropriada dele praticar o andar e para poder sair um pouco.
Maggie está terminando o 2º ano agora. Ela nunca foi tão incluída como este ano. A professora dela quer mudar de turma para o 3º ano só para poder ensinar à Maggie de novo. Ela acha (assim como eu) que nós só arranhamos a superfície das possibilidades que temos para incluir a Maggie e para ela participar e aprender. Ainda tem tantas coisas que não tentamos, muita da sua tecnologia (IPad) que ainda não exploramos. A cada ano Maggie tem sido mais incluída. Se eu soubesse antes o que eu sei agora teríamos aproveitado melhor a educação infantil.
Fique firme! Eu sei que é estressante, mas siga seus instintos. Seus instintos são maravilhosos. Acredite neles. Confie no seu filho para que ele de uma enorme contribuição para sua turma. Mesmo que eles não saibam, você está fazendo desta escola um lugar melhor por lutar."
Vou citar aqui alguns emails recebidos na lista de emails americana. Estes emails foram escritos pela Erin Sheldon, mãe da Maggie Hickey. Erin é uma ativista da inclusão em todos os níveis e tenho aprendido muito com ela. Seus emails sobre inclusão se tornaram meus guias para lutar por um futuro mais digno para Liora e para outras crianças deficientes. Thanks Erin, for letting me share your wise words about inclusion on our website! You rock!
" Para nós, inclusão na escola não foi uma questão de alocação. Nos perguntamos: que tipo de vida queremos para Maggie quando adulta?O que ela precisa para se desenvolver como pessoa? Como ela pode melhor explorar seus interesses pessoais, encontrar pessoas que tenham interesses em comum com ela e desenvolver estes interesses em hobbies e paixões duradouras e quem sabe até trabalho remunerado? Nós concluimos que, baseado na realidade de adultos com deficiências de desenvolvimento significantes, Maggie corria grande risco de se tornar socialmente isolada, aprenderia a ser mais independente mas não aprenderia nada acadêmico e seria restringida de aprender matérias acadêmicas através de seu interesse pessoal, e acabaria um adulto sob cuidados de pessoas pagas para estar com ela. Nós realmente não queremos que esse seja o futuro dela. Nós queremos que ela tenha uma vida adulta com amigos, paixões, interesses e trabalho. Para nós, ao nos perguntarmos o melhor caminho para alcançarmos esses objetivos, não conseguíamos ver como um ambiente segregado poderia ensiná-la isto. Na época, tínhamos acabado de nos mudar para o Canadá e víamos como muitas famílias começaram em ambientes segregados e nunca mais conseguiram sair. Escolhemos começar como queríamos chegar até o fim. Nunca olhamos para trás.
Para nós, o foco tem sido criar uma comunidade receptiva em sua escola. Se uma escola, tem uma comunidade acolhedora, inclusiva e receptiva que honra as diferenças, então ela descobre como fazer inclusão. Se uma escola é cautelosa com a diversidade em qualquer nível, então terá dificuldades para criar um ambiente inclusivo. Salas de aula inclusivas não são uma panacéia para amizades. Crianças podem ser segregadas numa sala de aula típica tão facilmente quanto numa sala de aula para educação especial. Mas se uma escola enfatiza a inclusão então eles tendem a enfatizar os valores e o caráter que proporciona suporte, previne o bullying e dá espaço para as crianças brilharem individualmente. Então na escola da Mag eu não advogo na educação especial, mas sim na educação tradicional. Eu não trabalho em programas segregados, eu trabalho quebrando barreiras para permitir às crianças de se juntarem em qualquer programa. Tem sido um dos trabalhos mais excitantes que eu já fiz.
Não tem sido fácil, mas educação especial também não é. Nós tivermos que brigar com a escola em diferentes assuntos. Nossas lutas tem sido em torno de assuntos como super proteção. A unica profissional no time da Mag com quem não temos uma parceria é a professora de educação especial. As professoras de educação especial tem consistentemente falhado em ver nossa visão de futuro para Maggie e como elas podem ajudar-nos a alcançar nossos objetivos. Nós tivemos 4 professoras de educação especial em 4 anos e só uma se animou com nossas idéias e com a Maggie. Em contrapartida, nós tivemos 3 professoras da educação regular nos últimos 4 anos e cada uma deu mais suporte e se entusiasmou mais do que a anterior. Nós temos muita sorte de morar num lugar onde a escola assume que a integração é melhor e que tem expectativas acadêmicas para TODOS os alunos. Então não tivemos que lutar por inclusão. Nós tivemos, no entanto, que lutar para aumentar a expectativa, diminuir lutas de poder sobre as coisas que achávamos desnecessárias, e expor todas as formas que os adultos toliam a Maggie enquanto achavam que estavam ajudando. (...) Se uma escola não sabe incluir devidamente, tenho minhas dúvidas de que eles saibam educar devidamente. Inclusão é sobre a idéia de que cada pessoa aprende diferente e que nós precisamos criar oportunidades para cada um acessar o conhecimento de formas diferentes, em diferentes níveis, no entanto da forma mais significativa. Se uma escola não sabe ensinar uma criança com necessidades especiais me pergunto se eles sabem ensinar qualquer criança. Crianças típicas não tem a mesma forma, como biscoitos com o mesmo desenho. Todos aprendem de formas diferentes e professores eficientes podem acessá-los de maneiras diferenciadas. A melhor educação acontece entre crianças, facilitada pelos adultos, não em uma linha direta entre professor e aluno."
Em outro email:
"(...) Tudo que recebemos com a escola inclusiva da Maggie foi batalhado por outras famílias que se recusaram a aceitar a segregação. Uma família local, com um filho da minha idade, só conseguiu inclui-lo por 6 meses de toda a sua vida escolar. Eles lutaram contra as escolas e foram para os tribunais. Uma família montou uma mesa na frente da escola e ensinou sua filha ali mesmo já que ela não era permitida dentro da escola. (...) Eles nem sempre colheram os frutos de seu trabalho duro. Mas eu sim. Toda vez que a Maggie entra na sua sala, nós colhemos os frutos do trabalho duro de outra pessoa.Para nós, não trocaríamos nossa experiência com inclusão por qualquer terapia ou equipamento no mundo. Todo ano tem sido melhor que o anterior. Tenho passado bastante tempo me educando pois nossa batalha não foi para a educação infantil, mas vai ser para incluir a Maggie quando ficar mais velha. No ginásio e ensino médio será quando teremos que lutar.Existe um maravilhoso movimento de famílias e ativistas e aliados, todos lutando por inclusão. Meus sonhos para a Maggie são de que ela tenha a vida mais simples possível: escola, amigos, trabalho, amor, família e muito tempo para atividades que ela adora fazer com pessoas que ela adora estar junto. Para crianças como as nossas, vidas ordinárias são extraordinárias. Nossas crianças ilustram muito bem como coisas ordinárias podem ser extraordinárias.
Se você tiver que lutar por inclusão, vai ser difícil. É muito mais fácil melhora-la do que começa-la do zero enfrentando resistências. Mas eu realmente acredito que é um trabalho de D's insistir que nossas crianças tem o direito a vida mais comum possível. Eu nem consigo descrever o quanto Maggie faz por seus colegas de classe e o quanto eles fazem por ela.
Não deixe que qualquer pessoa lhe diga não!"
Mais um email. É o mais longo, mas também o mais poderoso. Esta foi a resposta da Erin a uma mãe que começou a considerar o comprometimento da inclusão 100% de seu filho para satisfazer a escola e ter uma saída mais fácil para toda a luta que é incluir uma criança com deficiência intelectual severa. Não deixe de ler!
"Eu daria um passo atrás por um minuto. Primeiro NUNCA use a palavra "apropriado" quando discutir inclusão para seu filho. Apropriado é uma palavra muito subjetiva. Minha mãe achou apropriado, quando trouxe meu atual marido para conhece-la pela primeira vez, trazer meu álbum do primeiro casamento e contar histórias do meu ex-marido. Uma menina do 4º ano do ensino fundamental achou apropriado ir para a escola de shortinho curto, salto-alto e batom. Uma facilitadora substituta achou apropriado falar "da fralda cheia de coco e nojenta" da Maggie na frente dos colegas de classe. Stacy (mãe de 3 crianças com síndrome de Angelman) pode te apresentar para uma escola inteira que acha inapropriado que crianças como as nossas sejam incluídas na educação infantil! Nossa escola acha apropriado que alunos sejam incluídos até o ginásio e que depois fica muito acadêmico. Maggie vai enfrentar resistência aqui também! Sua idéia de apropriado não é a mesma dos outros (mas provavelmente é a mesma que a minha, se isso te conforta!!)
Honestamente, eu não comprometeria inclusão 100% neste momento, em que voce está planejando os estágios para seu filho. Eu diria que você quer ele totalmente incluído exceto nas horas em que ficar claro que um ambiente mais restrito é apropriado. Use a palavra "restrito" para qualquer coisa que remova seu filho da companhia dos colegas de classe. (...)
Não deixe a escola te convencer que inclusão no primeiro ano do ensino fundamental é como física quântica. Você quer ele incluído PRECISAMENTE porque o ambiente é mais acadêmico.Incontáveis pesquisas provam que crianças como as nossas vão aprender habilidades acadêmicas melhor num ambiente acadêmico. Eles vão aprender habilidades de comunicação melhor numa sala de aula onde todas as crianças são comunicadores fluentes. Eles vão aprender habilidades sociais melhor numa sala de aula onde todas as outras crianças também estão aprendendo habilidades sociais. Peça a professora de educação especial que lhe mostre evidências ou pesquisas que comprovem que crianças aprendem QUALQUER uma dessas coisas melhor numa sala de aula segregada. Estas evidências não existem. Segregação existe porque é mais fácil, mais bonito, mais arrumadinho e mais conveniente... PARA OS PROFESSORES, FACILITADORES E ADMINISTRADORES. Não para as crianças.
O ambiente mais apropriado para seu filho é aquele que vai desafia-lo a desenvolver-se em todo o seu potencial. (...) Seu filho é parte essencial da educação dos colegas da sua idade. Ele vai ensina-los tantas coisas! Ele vai ser a oportunidade para que eles abram suas cabeças, seus corações, aprendam à ajudar ao próximo, e aprendam a serem ajudados por ele em troca. Qualquer escola que se negue a receber alunos, que não é fluente ou tenha habilidade de viver numa comunidade inclusiva, FALHARAM em sua missão educacional. Sem crianças como as nossas nas salas de aula, muitos alunos caíram pelas rachaduras e serão adultos sem compaixão e de mentes pequenas. Estou falando sério. A escola que aprende a incluir seu filho será uma escola com menos bullying, menos problemas e mais apreciação por TODAS as formas de diversidade na sociedade. Se seu filho não é bom-vindo na sala de aula, então garotas usando véu muçulmano, meninos que não falam inglês ainda, crianças das famílias menos afortunadas e crianças com pais do mesmo sexo também não serão bem-vindos. Seu filho é parte essencial do currículo. Então vamos ensinar as crianças como serem inclusivos ao invés de ensina-los a segregação.
(...)
Não subestime o que seu filho tem para oferecer. Seu filho é representante de uma parte da nossa diversa sociedade e seus colegas de classe vão se beneficiar muito aprendendo ao seu lado. Ele é um cidadão e precisa ser um cidadão na comunidade de sua sala de aula... não um turista que vem para as atividades legais e para a brincadeira. Eu trabalho na escola da Mag e vejo GRANDE diferença entre as crianças que são parcialmente incluídas e as que estão totalmente incluídas, em termos de como as outras crianças se relacionam com elas. Somos todos simpáticos com os turistas e visitantes que conhecemos por aí, mas não os convidamos para jantar em nossas casas ou para um encontro. Reservamos isso para os amigos.
Incluindo seu filho não estará fazendo-lhe um favor. (...) As estratégias de ensino que o ajudarão a ser bem-sucedido são simplesmente bom ensino. Se a professora não está familiarizada com instrução diferenciada então ela não é tão boa professora quanto deveria ser. Todas as adaptações feitas para ensinar a Mag beneficiaram toda a turma dela. Quanto mais a professora se esforça para que as lições sejam relevantes para a Maggie, mais elas são relevantes para todos os alunos. Se a Maggie faz redações usando fotos em sequência, abre o caminho para que outros alunos usem estratégias visuais que os ajudem a fazer suas redações terem mais sentido e serem mais motivantes. se a Maggie pode fazr exercícios de matemática no seu IPad, ou com blocos, ou com adesivos, então abre caminho para que outras crianças aprendam matemática de formas mais criativas. Se a Maggie pode mostrar sua interpretação de estórias através de pinturas e colagens, então abre o caminho para que outras crianças expressem o que aprenderam de várias formas. Isto é apenas BOM ENSINO. Instrução diferenciada ajuda a mirar no que a lição realmente está ensinando e a separar isto das outras habilidades necessárias para que o trabalho seja feito. Seu filho não será o único aluno que não saberá redigir uma frase no primeiro ano. Se a professora pode aprender a ensina-lo o CONCEITO de uma frase, ela encontrará formas de ajudar outras crianças a entenderem o mesmo conceito também.
E daí se seu filho precisa de ajuda para se trocar ou se alimentar? (...) Nós aprendemos a por experiência a nem criar objetivos de habilidades de independência para a escola. Estas habilidades são parte da rotina da Maggie e estamos muito felizes por vermos que ela continua se tornando cada vez mais independente, mas não são pré-requisitos para ser incluída na escola normal com sucesso. Ele não precisa aprender isto na escola. Você teve um programa escolar para ensinar sua outra filha a ser mais independente ou isso se desenvolveu naturalmente dada a oportunidade a ela ? O mesmo acontecerá com seu filho.
Análise rapidamente. Eu realmente acredito que a Maggie contribui mais para sua turma do que atrapalha. Eu vejo isto pessoalmente, e todos os dias. Seu filho fará o mesmo. De um passo atrás e observe o dia a dia da escola desta forma:
-Como começa a escola? Onde as crianças se juntam? Como elas entram para a sala? Que assistência seu filho precisa para entrar como os outros? Quem pode ajuda-lo? Maggie não está podendo caminhar agora e tem ficado na cadeira de rodas o tempo todo. As crianças empurram ela, um adulto só ajuda se não houver uma criança disponível. Eu precisei de uma autorização por escrito da fisioterapeuta de que era seguro que as crianças a empurrassem, mas também é resultado da insistência de seus amigos de que Maggie está segura com eles e que eles vão cuidar dela.
-Como começa o dia dentro da sala de aula? O que os alunos fazem primeiro? Sentam-se para uma lição ou se juntam numa rodinha para contar as novidades? Que assistência seu filho precisa para fazer o mesmo que os outros? Que suporte ele precisa para permanecer concentrado na atividade? Ele precisa de suporte sensorial para ajudá-lo a se manter calmo na roda? Ele é um aprendiz experimental que precisa de elementos palpáveis em seu colo para mexer enquanto os colegas discutem algum tópico? Maggie certamente é. Eu posso garantir que seu filho não é o único aprendiz experimental na sala de aula! Não diga que ele precisa tocar as coisas para explorá-las porque tem necessidades especiais... diga que ele é um aprendiz experimental. Ele é um aprendiz tátil. Maggie é uma aprendiz ouvinte. Maggie é uma aprendiz sinestésica, ela aprende com movimento. Ela não tem necessidade especial, ela é uma aprendiz. Você vê a diferença?
-Veja cada etapa do dia desta forma. Você vai ficar impressionada ao ver o quanto de suporte que ele precisa que não pode ser dado por seus próprios colegas de classe e o quanto ele poderá ajudá-los em troca. Ele não será o único aluno que precisará se movimentar pela sala para aprender! Isso é natural para qualquer menino de 6 anos de idade. Outros alunos vão ser gratos pela oportunidade de ir com seu filho praticar o andar nas aulas de educação física. Haverá tarefas como buscar ou deixar alguma coisa na secretária, levar material para reciclagem e coisas deste tipo que precisam ser feitas e são grandes as chances de que uma criança fará estas tarefas. Seu filho deveria acompanhar cada criança que vá em cada uma destas tarefas se for uma forma apropriada dele praticar o andar e para poder sair um pouco.
Maggie está terminando o 2º ano agora. Ela nunca foi tão incluída como este ano. A professora dela quer mudar de turma para o 3º ano só para poder ensinar à Maggie de novo. Ela acha (assim como eu) que nós só arranhamos a superfície das possibilidades que temos para incluir a Maggie e para ela participar e aprender. Ainda tem tantas coisas que não tentamos, muita da sua tecnologia (IPad) que ainda não exploramos. A cada ano Maggie tem sido mais incluída. Se eu soubesse antes o que eu sei agora teríamos aproveitado melhor a educação infantil.
Fique firme! Eu sei que é estressante, mas siga seus instintos. Seus instintos são maravilhosos. Acredite neles. Confie no seu filho para que ele de uma enorme contribuição para sua turma. Mesmo que eles não saibam, você está fazendo desta escola um lugar melhor por lutar."